1 de abril de 2016

NÃO ME ESTRAGUEM O NEGÓCIO. Morais Sarmento considera que a «reacção portuguesa» à condenação de 17 activistas angolanos foi «desproporcionada». Porque também a China, com quem Portugal mantém importantes negócios, viola os direitos humanos, e os portugueses não se ralam. Sarmento tem interesses em Angola. Como advogado, pelo menos. Convém-lhe, por isso, defender o regime que o acolhe. Mas operando ele na área da justiça, esperar-se-ia uma de duas coisas: que denunciasse a farsa que foi o julgamento dos activistas, ou que estivesse calado. Assim não entendeu o ex-ministro da Presidência. Preferiu passar a mão pelo pêlo ao regime angolano, olhar pela vida dele. Como agora se diz, fica o registo para memória futura.